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Inajá Martins de Almeida
(parte do Texto O Ato de Ler publicado na Revista Leitura - Associação Internacional de Leitura Conselho Brasil-Sul Regional do Noroeste do RS - em sua edição 10/11/12 – jul/dez 2005; jan/jun 2006; jul/dez 2006)
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Definimos, conceituamos, buscamos significados, formulamos frases, elaboramos textos, compomos livros, tudo para perpetuar nossa idéia e, percebemos que as palavras, podem trazer novos significados e modificar nosso eu interior, para interagir no mundo exterior.
Damos conta que o livro que deixamos entrar em nossas vidas, já não pode mais ser visto de forma estática, a um canto de uma estante, sobre a mesa, numa cadeira, numa poltrona, numa sala, num quarto, ou num lugar qualquer; tornou-se, portanto, instrumento de utilidade constante.
A nós, ele já descortinou novos horizontes. Enriqueceu-nos. Tirou-nos da apatia verbal. Cativou-nos. Tornou-se responsável. Transformou-nos e nos tornou partícipes na criação do autor, razão pela qual a dificuldade de olhar um cidadão que não consiga ler e interpretar o que lê; que jamais teve a oportunidade do contato com as letras. É como se lhe faltasse algo em seu corpo, em sua mente.
E bendizemos, tal qual em versos cantava Castro Alves, aqueles que:
“Semeiam livros...
Livros a mão cheia...
E faz o povo pensar...”
E, se bendito são os que semeiam livros, que sejam aventurados os que lêem, pensam, informam-se, informam, transformam-se e transformam o universo em constante mutação, pois: “a mudança é a única coisa que para sempre permanece”. (Elanklever)
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